Não há dobraduras em papéis coloridos
Nem filigranas, ou pacientes rendilhados.
Não há quadrinhas perfeitas, nem pedidos.
Só Pão-por-Deus: feio e modernizado.
15.9.04
As asas de Lula
Elas não brotaram
Do teu pensamento.
Não foi teu coração generoso
Que as colocou.
Não foi a mão
Engenhosa de Santos-Dumont
Que forjou tuas asas...
Milhões de pessoas
De roupas rasgadas
As projetaram.
E multidões abandonadas
Doaram seus ossos para a estrutura.
E mágicos sonhadores
Tiveram suas entranhas dissecadas
Para doar seu sangue, nervos e músculos.
Velhos fracos e doentes
As cravaram em tuas costelas
E crianças famintas
As cobriram de sonho, (Vida...)
Forrando-as delicadamente...
Com plumas de amor que,
Finalmente,
Permitem teu vôo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Gostei muito do seu poema!
Postar um comentário